JUROS DIRECIONAL
Resultado positivo. Seguimos aumentando durante o mês nossas posições para a queda da curva de juros de curto prazo no Brasil. A economia brasileira deve seguir desacelerando devido a três fatores: (i) efeito defasado de um juro real de 9%, (ii) menor expansão fiscal em 2025 e (3) desaceleração global.
JUROS RELATIVO
Resultado neutro. Mantivemos nossa posição para juros reais mais baixos em 2026 e 2028, contra uma posição para juros reais mais altos em 2027.
JUROS CAIXA
(Prev RF, Prev MM e RF Absoluto)
Resultado negativo. No mês de abril, o Tesouro Nacional implementou vendas extraordinárias de NTN-Bs fora do cronograma e seguiu alongando a dívida pré-fixada. Com isso, o prêmio das NTNF-s casadas aumentou, levando ao resultado negativo no mês. Aproveitamos para aumentar nossas posições em NTN-Fs e NTN-Bs casadas e diminuímos nossa exposição a LFTs (movimento similar ao realizado no mês anterior). Terminamos o mês comprados nas LFTs intermediárias, NTN-Bs casadas curtas e NTN-Fs casadas longas e seguimos neutros em LTNs casadas.
Inflação
Resultado negativo. O aumento das tarifas comerciais efetivadas pelo governo Trump no início de abril provocou fortes quedas nos preços das commodities, principalmente do petróleo, justificada pelo aumento da incerteza e nos riscos de recessão global. Ademais, a “crise de confiança” nos EUA gerou uma depreciação do dólar contra diversas moedas, como o real. O resultado foi uma forte queda na inflação implícita de curto prazo (vencimento até 1,5 ano). Dada a incerteza do cenário, trocamos a posição comprada em inflação implícita curta por juros reais, apostando em uma combinação de antecipação do final do ciclo de elevação da Selic e em uma inflação que ainda deve ficar acima do precificado na curva.
CRÉDITO OFFSHORE
Em crédito offshore, o mês foi de abertura substancial de spreads: atualmente, a média dos papéis desse mercado novamente oferece um prêmio sobre os spreads do mercado de crédito local, portanto aumentamos oportunisticamente nossa exposição a esta classe de ativos.
RENDA FIXA INTERNACIONAL
Resultado negativo. Nos juros, temos posições relativas. Na ponta altista para os juros, (i) acreditamos que o FED não irá cortar os juros americanos nos próximos meses, (ii) a Austrália deve cortar menos que os 100bps que o mercado precifica atualmente e (iii) o Japão deve seguir em um ciclo gradual de alta. Na ponta baixista de juros, gostamos de (i) África do Sul, onde a inflação está abaixo do piso da meta, e (ii) República Tcheca, que é um país muito aberto ao comércio internacional. Nas moedas, após zerar o tema durante o mês, temos voltado a comprar dólar contra G3. Do lado econômico, a economia americana deve ter crescimento mais resiliente do que o esperado e o FED. Na política comercial, os objetivos do governo Trump começam a ficar mais claros e focados na China. Por último, os EUA são líderes incontestes no setor de tecnologia/inteligência artificial, que deve seguir dominando os retornos globais ao longo dos próximos anos.
