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Maio foi mais um mês de resultados positivos para os mercados de ações, tanto no Brasil quanto no exterior. O Ibovespa avançou cerca de 1,4% em reais, enquanto o EWZ subiu 0,6% em dólares. Nos EUA, o S&P 500 ganhou 6,3% e o Nasdaq-100 impressionou com alta de 9,1%. Em linhas gerais, foi um período marcado pela combinação de temporada de resultados favoráveis, fluxo estrangeiro reconfirmado no Brasil e alívio nas tensões comerciais e macro nos EUA. As ações brasileiras foram beneficiadas por uma temporada de resultados do 1T25 que terminou com os papéis de vestuário e outros nomes voltados ao consumo doméstico entre os mais positivos, refletindo margens e volumes acima do esperado. Esse efeito, somado à perspectiva de fim de ciclo de alta de juros após a última decisão do Copom, trouxe corpo ao movimento de alta e manteve o real relativamente estável frente ao dólar, mesmo após a leve pressão de notícias fiscais pontuais. Adicionalmente, a discussão sobre mudanças no IOF para operações de crédito e aportes em fundos VGBL gerou ruídos em determinados setores, mas não foi suficiente para comprometer o viés construtivo do mercado. Nos EUA, o mercado respirou aliviado com a suavização do discurso sobre tarifas e a manutenção dos juros, sem sinal de aperto adicional mais agressivo. O tom mais conciliatório entre os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido, aliado às conversas iniciais entre EUA e China, reforçaram a percepção de que a guerra comercial tende a esfriar. Além disso, a expectativa de cortes moderados de juros no 2S25 manteve os investidores otimistas, contribuindo para o forte desempenho do S&P 500 e do Nasdaq-100. Em nossos fundos de ações mantivemos sobre-alocação em Utilities e Vestuário — setores que se beneficiaram diretamente da normalização dos juros e do consumo mais resiliente — e posição reduzida em commodities como um todo. Essa configuração rendeu cerca de 300bps de alfa acima do nosso índice de referência em maio, sustentada sobretudo pela performance dos nomes domésticos que surpreenderam na temporada de resultados, como citamos anteriormente. Seguimos atentos às discussões fiscais no Brasil, à curva de juros local e ao desenrolar das negociações comerciais globais, ajustando a carteira sempre que identificarmos oportunidades ou riscos relevantes.