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Reflexões

O negócio da NFL

15 FEV 2022

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No último final de semana, tivemos o Super Bowl LVI, coroando o novo campeão Los Angeles Rams após uma vitória emocionante no último minuto. A NFL é muito mais que uma Liga de futebol americano. É uma indústria de entretenimento onde até as paradas do jogo são pensadas estrategicamente de forma a funcionar com os anúncios de televisão. Mas como funciona o negócio da NFL? Um clube de futebol americano é um bom investimento ou apenas um passatempo para bilionários?

A NFL possui receitas anuais de aproximadamente USD 15 bilhões. 23 dos 25 eventos ao vivo mais assistidos na TV americana são jogos da NFL! A inauguração do presidente Joe Biden, por exemplo, ficou em sexto lugar. Com apenas 272 jogos por temporada, o objetivo claro da NFL é gerar alta demanda pelo seu produto escasso. Fazer e montar o próprio calendário desses jogos é uma atividade central da Liga e iniciada por simulações de computadores que calculam bilhões de permutações. O objetivo é otimizar no calendário jogos que possuam grande rivalidade, evitar colocar jogos importantes em datas que possam dividir a atenção do espectador, respeitar a disponibilidade dos estádios, etc. Tudo para maximizar a receita.

Dos USD 15 bilhões de receita da NFL, aproximadamente 2/3 é gerado de forma centralizada pelo escritório da Liga e apenas 1/3 de forma difusa pela soma dos 32 times. A receita que o escritório da Liga gera é depois distribuída de forma homogênea para os times. Isso é um ponto-chave pois garante receita mais equilibrada para os times e, consequentemente, jogos mais competitivos e um melhor produto para a audiência. Para comparação, na NBA, 50% da receita é gerada por sua Liga, enquanto na NHL o mesmo número é de apenas 30%.

Vamos começar entendendo o escritório da Liga. Sua principal receita são os direitos de transmissão dos jogos, mas também entram patrocínios, licenças de produtos esportivos e sites de apostas. No último grande contrato fechado no ano passado, as grandes redes de transmissão pagaram USD 150 bilhões para a Liga por um contrato de 10 anos. Participaram redes tradicionais como CBS, FOX, NBC, ESPN, mas a novidade ficou pela entrada da Amazon. A NFL está sempre procurando transformar custos em potenciais de receitas. Veja, por exemplo, o processo de Draft onde novos talentos são escolhidos. Virou uma grande festa de 3 dias com direito a transmissão de TV e passou a ser lucrativo!

Entrando nos times, a maior parte da receita vem do repasse da Liga, mas os times também possuem receitas próprias. As principais receitas são patrocínios e vendas de assentos nos estádios (principalmente os famosos boxes corporativos). Os principais custos são os salários dos jogadores e custos para operação dos jogos (de USD 5 a 10 MM por jogo). Um outro ponto importante é que existe um limite máximo para os times pagarem os salários, fixado em USD 183 MM. Isso também busca garantir times mais homogêneos e competitivos. Grandes times da NFL como o Cowboys ou o Patriots chegam a ter um lucro de USD 150 a 300 MM por temporada, enquanto um time menor, como o Green Bay Packers tem um lucro na ordem de USD 50 a 70 MM.

Afinal, ter um time e entrar no negócio da NFL é um bom investimento? O Dallas Cowboys foi comprado por Jerry Jones em 1989 por USD 140 MM e hoje tem seu valor estimado em USD 5,5 bilhões. Claramente uma grande geração de valor, possibilitada pela visão pioneira de Jones de que o jogo de futebol americano era entretenimento. Ele expandiu a franquia reforçando a marca, ganhando patrocinadores e operando a partir de 2009 o famoso AT&T Stadium. Mas o caso do Cowboys não é regra. A maioria dos times da NFL tem valor estimado em cerca de 40x lucro, em uma indústria onde as oportunidades de crescimento hoje são mais difíceis. Difícil justificar esse preço pelo lado financeiro e parece que os compradores estão dispostos a pagar um prêmio pela exclusividade de participar da Liga.

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